"É difícil imaginar um futuro que é humano, decente e sustentável sem mudanças marcadas na substância e processo de educação a todos os níveis, começando com a Universidade"

a nossa história

Há um movimento emergente de conhecimento que está lentamente a ser construido por todo o mundo, embora muitas vezes passe despercebido pelos media e pela maioria dos sistemas formais de educação. Uma parte deste movimento pode ser descrito como uma rede de "eco-versidades" - pessoas, organizações e comunidades que estão a reinvindicar sistemas de conhecimento e um imaginário cultural para restaurar e re-imaginar processos de aprendizagem que são significativos e relevantes para os desafios dos nossos tempos.
Embora diversas nas suas origens, estas diferentes iniciativas pedagógicas tanto criticam os sistemas de educação existentes como cultivam novas práticas para regenerar ecossistemas ecológicos, sosciais e culturais, enquanto também refletem nos significados de 'casa' como localização e como uma 'economia': daí o nome 'eco-versidades'.

Para promover as colaborações e intensificar as relações e a aprendizagem mútua entre esta grande rede, os encontros plenários de Ecoversidades foram organizados por profissionais envolvidos em criar novos locais de aprendizagem, tanto dentro como fora do mundo académico convencional.

A crise em que estamos indica que estamos ombro com ombro com os limites da razão humana. Está na altura de re-ativar as nossas percepções, sentidos, intuições e emaranhares diversos com o mundo não-humano.

Em Agosto de 2015 tivemos o nosso primeiro encontro de uma semana na Eco-aldeia Tamera no Sul de Portugal: 55 pessoas vieram de 23 países para partilhar sabedoria, experiências, discernimentos, questões e desafios ardentes, e para partilhar como aprendizagem transformativa está a ser imaginada e implementada em cada localidade e iniciativa. (ver Serão as Eco-versidades o Futuro para a Educação Superior? Open Democracy Abril 2016).

Este encontro incluiu grupos focados em cultura de dádiva como a Universidade Swaraj na Índia; a regeneração de baldios como a Unitierra no México e nos EUA; visões indígenas do mundo e formas de conhecimento como o programa Kainai Studies no Red Crow Community College no Canaá e a Pedagogia Aloha no Hawai'I; organizações a experimentar aprendizagem ago-ecológica auto-desenhada como a Gaia University (nos EUA e por todo o mundo( e a Kufunda Learning Village no Zimbabwe; muitas iniciativas experimentais e autónomas organizadas à volta de dificuldades políticas, sociais e ecológicas usando diferentes ferramentas e metodologias, desde abordagem de justiça social, abordagem artística e linguística, para a comunidade e com base em pesquisa.

O segundo encontro de Eco-versidades foi na EARTH University na Costa Rica em Fevereiro de 2017, aprofundando as partilhas e expandindo a Aliança, enquanto o terceiro encontro foi na Índia, na Universidade Swaraj em Outubro de 2018.
Aprendizagem profunda, partilhas ricas, amizades e colaborações tem continuado a ser desenvolvidas entre os participantes de cada encontro. Entre os encontros, Ecoversidades tem também nutrido aprendizagem mútua ao apoiar visitas de pesquisa entre locais, projetos e indivíduos na Aliança; a rede tem também organizado encontros regionais, eventos e publicações.
Ao longo destes diferentes encontros, Ecoversidades têm crescido, tornando-se numa coalição de gente próxima, empenhada com a construição de solidariedade, produção de inquérito colectivo e criação de acções colectivas e individuais para re-imaginar radicalmente os nossos modelos de educação.

A Aliança de Ecoversidades não é uma organização formal, e as suas actividades desenvolvem-se através de um processo de confiança e mutualidade, uma rede crescente de relações que têm sido nutridas através dos nossos encontros e mais além.

Estamos empenhados em aprender com/dentro de/para além da diversidade.